segunda-feira, 11 de maio de 2009

Esquizoanálise


A cada momento, o ser humano é atravessado por forças externas, que se encontram no campo sócio-cultural, as quais promovem encontros que ora cristalizam o sujeito nos seus valores, tornando-o um ser mecânico e repetitivo, ora os faz produzir e viver de forma criativa e potente na relação com a vida.


Esquizoanálise

Criada por Deleuze e Guarttari, a Esquizoanálise é uma concepção da realidade em todos seus processos; dos efeitos às causas, do particular ao geral e do simples ao composto. Para esta concepção, a produção e o desejo são inseparáveis entre si e produtores de toda a realidade.

A Esquizoanálise surgiu nos anos 70, Herdeira das lutas libertárias em Paris e fruto do encontro de filósofo Deleuze e do psicanalista Guattari, que influenciou muito as correntes de análise institucional e a psicologia clínica no Brasil; cuja sua principal obra é "Capitalismo e Esquizofrenia", a qual é dividida em dois pontos: "O Anti-Édipo" e "Mil Platôs".

Com sua análise micropolítica das relações desejantes e de poder, a Esquizoanálise propõe uma leitura das relações clínicas, sociais e institucionais não mais na relação entre Família e Neurose, como trabalhado na psicanálise, mas sim
na relação entre Capitalismo e Esquizofrenia, em que temos uma gama enorme
de outros conceitos, concepções e práticas, que transcendem o freudo-marxismo. Dessa nova relação desdobra-se uma nova conceituação sobre o inconsciente (enquanto usina e não como teatro), o desejo (como produção e não como falta), conceitos novos como a micropolítica, o rizoma, o corpo sem órgãos, as máquinas desejantes, a transversalidade, as linhas molares, moleculares e de fuga, o esquizodrama (campo desenvolvido por G. Baremblitt), etc, e um novo paradigma: o ético-estético-político.

A esquizoanálise é muito mais que uma prática clínica, sua intenção é romper com as barreiras da estrutura lingüística dos saberes instituídos em troca de um saber subterrâneo ao qual Deleuze e Guattari chamaram de rizoma. Daí que a esquizoanálise tem lugar somente em modelos de estudos que pretendam romper com o diagnóstico médico que através de códigos de doenças formam a base do padrão clínico da medicina e psicologia clássicas.



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