quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Psicologia da Forma

"...Será que isto que vejo é o mesmo o que percebo?"



A teoria gestáltica é conhecida como a Psicologia da Forma. Alguns autores deixaram algumas marcas nessa psicologia, como Kant que dizia que a percepção não é mera combinação passiva de elementos sensoriais, mas a organização desses elementos numa experiência unitária, a mente organiza a percepção.

A Teoria da Gestalt afirma que não se pode ter conhecimento do todo através das partes, e sim das partes através do todo. Que os conjuntos possuem leis próprias e estas regem seus elementos (e não o contrário, como se pensava antes). E que só através da percepção da totalidade é que o cérebro pode de fato perceber, decodificar e assimilar uma imagem ou um conceito.

A Terapia Gestalt se baseia no ideal experimental do "aqui-agora" e nas relações com os outros e com o mundo, porém, não se pode reduzir os fenômenos somente ao que é percebido (ao campo perceptivo), pois se deve levar em conta o todo sendo diferente da soma das partes.

Os Gestaltistas estão interessados em entender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, como é que percebemos as coisas contrariamente o que verdadeiramente é.

Perls, um dos principais nomes da Gestalt terapia, estudou a hierarquia de necessidades. Ele dizia que: uma Gestalt seria o processo de formação de uma necessidade em busca de sua satisfação.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Esquizoanálise


A cada momento, o ser humano é atravessado por forças externas, que se encontram no campo sócio-cultural, as quais promovem encontros que ora cristalizam o sujeito nos seus valores, tornando-o um ser mecânico e repetitivo, ora os faz produzir e viver de forma criativa e potente na relação com a vida.


Esquizoanálise

Criada por Deleuze e Guarttari, a Esquizoanálise é uma concepção da realidade em todos seus processos; dos efeitos às causas, do particular ao geral e do simples ao composto. Para esta concepção, a produção e o desejo são inseparáveis entre si e produtores de toda a realidade.

A Esquizoanálise surgiu nos anos 70, Herdeira das lutas libertárias em Paris e fruto do encontro de filósofo Deleuze e do psicanalista Guattari, que influenciou muito as correntes de análise institucional e a psicologia clínica no Brasil; cuja sua principal obra é "Capitalismo e Esquizofrenia", a qual é dividida em dois pontos: "O Anti-Édipo" e "Mil Platôs".

Com sua análise micropolítica das relações desejantes e de poder, a Esquizoanálise propõe uma leitura das relações clínicas, sociais e institucionais não mais na relação entre Família e Neurose, como trabalhado na psicanálise, mas sim
na relação entre Capitalismo e Esquizofrenia, em que temos uma gama enorme
de outros conceitos, concepções e práticas, que transcendem o freudo-marxismo. Dessa nova relação desdobra-se uma nova conceituação sobre o inconsciente (enquanto usina e não como teatro), o desejo (como produção e não como falta), conceitos novos como a micropolítica, o rizoma, o corpo sem órgãos, as máquinas desejantes, a transversalidade, as linhas molares, moleculares e de fuga, o esquizodrama (campo desenvolvido por G. Baremblitt), etc, e um novo paradigma: o ético-estético-político.

A esquizoanálise é muito mais que uma prática clínica, sua intenção é romper com as barreiras da estrutura lingüística dos saberes instituídos em troca de um saber subterrâneo ao qual Deleuze e Guattari chamaram de rizoma. Daí que a esquizoanálise tem lugar somente em modelos de estudos que pretendam romper com o diagnóstico médico que através de códigos de doenças formam a base do padrão clínico da medicina e psicologia clássicas.



sábado, 2 de maio de 2009

Psicodrama

Um Encontro de dois:

Olhos nos olhos, face a face.

E quando estiveres perto,

arrancar-te-ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus;

E arrancarei meus olhos para colocá-los no lugar dos teus;

Então ver-te-ei com os teus olhos e tu ver-me-ás com os meus."

(J.L.Moreno)



Psicodrama é uma abordagem terapêutica em que a representação dramática é usada como núcleo de abordagem e exploração da psique humana e seus vínculos emocionais.

O desenvolvimento da ação dramática é composto de três momentos.

A primeira fase, chamada aquecimento, é onde se prepara o clima do grupo. Escolhem-se um tema e um protagonista e tenta-se penetrar no mesmo no maior nível de espontaneidade possível.

O segundo momento é a representação propriamente dita, a cena dramática. Aqui ganham importância os eu-auxiliares, que serão os encarregados de encarnar os personagens para os quais o protagonista os escolheu: os personagens reais ou fantasiosos, aspectos do paciente, símbolos do seu mundo.

O terceiro momento é o compartilhar, é onde o grupo participa terapeuticamente. Nesta etapa o grupo devolve, compartilha seus sentimentos e vivências; tudo o que lhes foi acontecendo durante a cena, às ressonâncias que ele produziu.

As diversas técnicas utilizadas durante a representação dramáticas se alicerçam na teoria da evolução da criança, pensadas por Moreno. Cada uma delas cumpre uma função que corresponde a uma etapa do desenvolvimento psíquico. O facilitador do Psicodrama instrumentará, em cada situação, aquelas que pareçam mais adequadas e correspondentes ao momento do drama, segundo o tipo de vinculação que nele se expressa.

A primeira etapa de indiferenciação do Eu com o Tu corresponde á técnica do duplo. A segunda, do reconhecimento do Eu, a técnica do espelho. A terceira etapa do reconhecimento do eu, a técnica da inversão de papéis.

Mediante a técnica do duplo, um eu-auxiliar desempenha o papel de protagonista. Verbal e gestualmente complementam aquilo que, a partir desse desempenho, entende e sente que o protagonista não pode expressar completamente por ser isto desconhecido ou oculto, por inibições. Coloca-se ao lado idêntica postura ao protagonista, fazendo seus movimentos, funcionando como a mãe e a criança na primeira etapa.

Na técnica do espelho, o protagonista sai do palco e é público da representação que um eu-auxiliar faz dele. Busca-se, com isso, que o paciente se reconheça em determinada representação, assim como na sua infância reconheceu sua imagem no espelho. O terapêutico desta técnica está em que se reconheçam como próprios os comportamentos e aspectos que lhe são desconhecidos e que importam para o esclarecimento do conflito. Utilizando a técnica da inversão de papéis, a mudança de papéis investiga na cena o sentir desses personagens do mundo do paciente. Esta é a técnica básica do Psicodrama. Existem outras técnicas dramáticas criadas por Moreno e posteriores a ele.

Moreno, tomando do modelo teatral seus elementos, distinguem, para a cena psicodramática, cinco elementos ou instrumentos:

a) Cenário: neste continente desdobra-se a produção e nele podem-se representar fatos simples da vida cotidiana, sonhos, delírios e alucinações.

b) Protagonista: o protagonista pode ser um indivíduo, uma dupla ou um grupo. É quem, em Psicodrama, protagoniza seu próprio drama. Representa a si mesmo e seus personagens são parte dele. Palavra e ação se integram, ampliando as vias de abordagem.

c) Facilitador: psicoterapeuta do grupo é também o diretor psicodramático. O facilitador está atento a toda informação ou dado que o protagonista dê, para incluí-la na cena, guiar e ajudar a chegar à cena com espontaneidade. Uma vez começada à cena, o facilitador se retira do espaço dramático e somente intervém se necessário incluir alguma técnica, dando ordens ao protagonista ou ego-auxiliares.

d) Público: é o grupo terapêutico

O Psicodrama apresenta conceitos como à espontaneidade-criatividade, a teoria dos papéis, e a psicoterapia grupal como pontos básicos da sua teoria, além de outros como: Tele - capacidade de se perceber de forma objetiva o que ocorre nas situações e o que se passa entre as pessoas; Empatia - tendência para se sentir o que se sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas pela outra pessoa; Co-inconsciente - vivências, sentimentos, desejos e até fantasias comuns a duas ou mais pessoas, e que se dão em "estado inconsciente", e Matriz de Identidade - lugar do nascimento.

O uso da dramatização como ferramenta analítica favorece a expressão dos conflitos por intermédio de imagens simbólicas, facilita a dramatização dos conflitos, a comunicação simbólica, efeito catártico e a demonstração lúdica do processo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Conceitos Junguianos


O Ego

O ego é o centro da consciência e um dos maiores arquétipos da personalidade. Ele fornece um sentido de consistência e direção em nossas vidas conscientes. Ele tende a contrapor-se a qualquer coisa que possa ameaçar esta frágil consistência da consciência e tenta convencer-nos de que sempre devemos planejar e analisar conscientemente nossa experiência. Somos levados a crer que o ego é o elemento central de toda a psique e chegamos a ignorar sua outra metade, o inconsciente. De acordo com Jung, a princípio a psique é apenas o inconsciente. O ego emerge dele e reúne numerosas experiências e memórias, desenvolvendo a divisão entre o inconsciente e o consciente. Não há elementos inconscientes no ego, só conteúdos conscientes derivados da experiência pessoal.

Self

O self é o arquétipo central, arquétipo da ordem e totalidade da personalidade. Segundo Jung, consciente e inconsciente não estão necessariamente em oposição um ao outro, mas completam-se mutuamente para formar uma totalidade: o self. O self é com freqüência figurado em sonhos ou imagens de forma impessoal. É um fator interno de orientação, muito diferente e até mesmo estranho ao ego e à consciência. O self não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que abarca tanto o consciente quanto o inconsciente; é o centro desta totalidade, assim como o ego é o centro da consciência.

A Persona

Nossa persona é a forma como nos apresentamos ao mundo. É o caráter que assumimos; através dela nós nos relacionamos com os outros. A persona inclui nossos papéis sociais, o tipo de roupa que escolhemos para usar e nosso estilo de expressão pessoal. O termo "persona" é derivado da palavra latina equivalente a máscara. As palavras "pessoa" e "personalidade" também estão relacionadas a este termo.

A persona tem aspectos tanto positivos quanto negativos. Jung chamou também a persona de "arquétipo da conformidade". Entretanto, a persona não é totalmente negativa. Ela serve para proteger o ego e a psique das diversas forças e atitudes sociais que nos invadem. A persona é também um instrumento precioso para a comunicação. Ela pode desempenhar, com freqüência, um papel importante em nosso desenvolvimento positivo. À medida que começamos a agir de determinada maneira, a desempenhar um papel, nosso ego se altera gradualmente nessa direção.

A Sombra

A sombra é o centro do inconsciente pessoal, o núcleo do material que foi reprimido da consciência. A sombra inclui aquelas tendências, desejos, memórias e experiências que são rejeitadas pelo indivíduo como incompatíveis com a persona e contrárias aos padrões e ideais sociais. Ela representa aquilo que consideramos inferior em nossa personalidade e também aquilo que negligenciamos e nunca desenvolvemos em nós mesmos. Em sonhos, a sombra freqüentemente aparece como um animal, um anão, um vagabundo ou qualquer outra figura de categoria mais baixa.
Jung descobriu que o material reprimido se organiza e se estrutura ao redor da sombra, que se torna, em certo sentido, um self negativo, a sombra do ego. A sombra é via de regra vivida em sonhos como uma figura escura, primitiva, hostil ou repelente, porque seus conteúdos foram violentamente retirados da consciência e aparecem como antagônicos à perspectiva consciente. Se o material da sombra for trazido à consciência, ele perde muito de sua natureza amedrontadora e escura. A sombra é mais perigosa quando não é reconhecida. Neste caso, o indivíduo tende a projetar suas qualidades indesejáveis em outros ou a deixar-se dominar pela sombra sem o perceber. Quanto mais o material da sombra tornar-se consciente, menos ele pode dominar. Uma pessoa sem sombra não é um indivíduo completo, mas uma caricatura bidimensional que rejeita a mescla do bom e do mal e a ambivalência presentes em todos nós. Cada porção reprimida da sombra representa uma parte de nós mesmos. Nós nos limitamos na mesma proporção que mantemos este material inconsciente. À medida que a sombra se faz mais consciente, recuperamos partes de nós mesmos previamente reprimidos. Além disso, a sombra não é apenas uma força negativa na psique. Ela é um depósito de considerável energia instintiva, espontaneidade e vitalidade, e é a fonte principal de nossa criatividade. Assim como todos os arquétipos, a sombra origina-se no inconsciente coletivo e pode permitir acesso individual a grande parte do valioso material inconsciente que é rejeitado pelo ego e pela persona.

Anima e Animus

É uma estrutura inconsciente que representa a parte sexual oposta de cada indivíduo; Jung denomina tal estrutura de anima no homem e animus na mulher.



quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sonhos


"Dentro de cada um de nós há um outro que não conhecemos.

Ele fala conosco por meio dos sonhos." (Carl Jung)



O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura.. Para a Ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimento rápido dos olhos) e sonham, não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.

Sonho e Freud

Foi em 1900, com a publicação de A Interpretação dos Sonhos, que Signund Freud (1856 – 1939) deu um caráter científico à matéria. Naquele polêmico livro, Freud aproveita o que já havia sido publicado anteriormente e faz investidas completamente novas, definindo o conteúdo do sonho como “realização dos desejos”. Para o pai da psicanálise, no enredo onírico há o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado), este último realmente importante. A fachada seria um despiste do Superego (o censor da psique, que escolhe o que se torna consciente ou não dos conteúdos inconscientes), enquanto o sentido latente, por meio da interpretação simbólica, revelaria o desejo do sonhador por trás dos aparentes absurdos da narrativa.

Sonho e Jung

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875 – 1961), baseado na observação de seus pacientes e em experiências próprias, tornou mais abrangente o papel dos sonhos, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psiquê que busca o equilíbrio por meio da compensação. Ou seja, alguém masculinizado pode sonhar com figuras femininas que tentam demonstrar ao sonhador a necessidade de uma mudança de atitude. Na busca pelo equilíbrio, personagens arquetípicas interagem nos sonhos em um conflito que buscam levar ao consciente conteúdos do inconsciente. Entre essas personagens, estão a anima (força feminina na psique dos homens), o animus (força masculina na psique das mulheres) e a sombra (força que se alimenta dos aspectos não aceitos de nossa personalidade). Esta última, nos sonhos, representa os vilões. Um aspecto muito importante em se atentar nos sonhos, segundo a linha junguiana, é saber como o sonhador, o protagonista no sonho (que representa o ego) lida com as forças malignas (a sombra), para se averiguar como, na vida desperta, a pessoa lida com as adversidades, a autoridade e a oposição de idéias. Jung aponta os sonhos como forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individuação.

Ao contrário de Freud, as situações absurdas dos sonhos, para Jung, não seriam uma fachada, mas a forma própria do inconsciente de se expressar. Para o mestre suíço, há os sonhos comuns e os arquetípicos, revestidos de grande poder revelador para quem sonha.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Inconsciente: Indivudual e Coletivo


Considera-se frequentemente que Sigmund Freud "descobriu" o inconsciente como sendo aquela parte da psique que contém experiências desagradáveis ou mesmo traumáticas que tenham sido reprimidas pela mente consciente.

Para Jung não existe só um inconsciente individual, mas, também existe um inconsciente coletivo, o qual contém a imensa herança psíquica da evolução humana.

De acordo com Jung, esta herança renasce na estrutura de cada indivíduo.

Os sonhos podem ser considerados como possíveis escapes do inconsciente individual e coletivo. Figuras que aparecem frequentemente nos sonhos como o tenebroso perseguidor ou a criança inocente são símbolos que representam uma ligação com dimensões sobre as quais não estamos conscientes. Estas podem despertar em nós certas associações que não poderíamos entender apenas com a mente racional.

Jung afirma que muitos destes símbolos são de natureza universal. Estes podem ser encontrados nos mitos e contos de fadas de todos os povos. Eles mostram um "conhecimento" ou "sabedoria" comum a toda a humanidade. Por isso Jung chamou a estes símbolos Imagens Primordiais ou Arquétipos.

O arquétipo é um conceito tipicamente neoplatônico, inspirado em Plotino. Segundo esta concepção, há um universo no qual tudo é permanente e imutável, povoado por idéias originais. Desta forma, no mundo das percepções sensíveis, tudo é mera reprodução do que existe na esfera superior.

Através da influência exercida por este pensamento, a expressão arquétipo alcançou o Cristianismo filosófico, e logo foi adotado por Agostinho. Na psicologia analítica, criada por Carl Gustav Jung, este conceito se refere às imagens primitivas inseridas no inconsciente coletivo desde os primórdios do ser humano. São moldes inerentes ao ser desde o princípio da existência, os quais têm a função de atuar como fonte primordial para o amadurecimento da mente. Esta concepção foi inspirada exatamente no mundo das idéias de Platão, que nada mais é do que a matriz de tudo que há no que consideramos a nossa realidade.

Segundo Jung, os arquétipos nascem da incessante renovação das vivências experimentadas ao longo de várias gerações. Este aprendizado é necessário para que o Homem caminhe rumo à sua individuação, ou seja, na direção de sua mais perfeita lapidação, para que um dia possa se unir novamente ao seu Self. Assim, esta incessante aquisição de conhecimento e de experiências, executada durante milhares de anos durante a jornada humana, é administrada pelos arquétipos, que para melhor estruturarem esta conquista geraram modelos responsáveis pelo trabalho psíquico.

Os arquétipos estão, portanto, nos bastidores de todos os nossos pensamentos, sentimentos, emoções, intuições, sensações e atitudes. Normalmente eles se expressam através dos símbolos, pois constituem sua composição estrutural oculta aos olhos humanos. Alguns destes arquétipos conquistaram tamanha independência que se destacaram do âmbito da consciência individual do ‘eu’- a persona; a anima ou o aspecto feminino do homem; o animus ou o lado masculino da mulher; e a sombra.

Os símbolos arquetípicos são encontrados nos mitos originais, nas mais variadas religiões, em lendas que já fazem parte da bagagem cultural coletiva, os quais marcam definitivamente a consciência e particularmente a esfera do inconsciente humano. Alguns destes arquétipos: a figura materna, a imagem do pai, a criança, o herói, o divino, entre outros; constituem, para a psicologia junguiana, manifestações imateriais que modelam os eventos psíquicos.

Os arquétipos são gerados no contato do Homem com o mundo concreto, não existem anteriormente. O único que se pode enquadrar na categoria a priori é a atração imanente do ser humano para a esfera divina, ou seja, a Humanidade está sempre se preparando para o contato com Deus, primeiro arquétipo constituído na mente humana.

O Inconsciente Coletivo é justamente composto pelos arquétipos, temas presentes na organização psíquica de cada ser.